Após três etapas do circuito Challenger Series versão 2025/2026, Yolanda Hopkins está muito bem colocada para lograr a inédita qualificação para o circuito mundial de surf.
Yo é a segunda colocada do ranking feminino na chegada ao EDP Ericeira Pro. Só fenómeno francês Tya Zebrowksi, de 14 anos (!), somou mais pontos. Esta semana, um bom resultado nas direitas de Ribeira d'Ilhas pode deixar a surfista algarvia ainda mais perto do CT ou porventura ser mesmo o passo decisivo.
Depois de ter acariciado a qualificação em 2024, ficou a um heat de cumprir o tão desejado sonho, Hopkins Hopkins sente que agora conseguirá atingir o objetivo.
"Estou bastante feliz com a minha performance. Acho que este é o meu ano. Sinto não só por mim, mas também pela aura à minha volta. Este ano tem corrido muito bem. Estou com bastante confiança que definitivamente Portugal vai estar no CT do próximo ano. Acho que é o sítio onde pertenço. Seria muito especial representar Portugal no circuito mundial", referiu Yolanda durante a conferência de imprensa de apresentação do EDP Ericeira Pro, realizada na última sexta-feira.
Lançada para a qualificação, a surfista lusa quer selar o apuramento já este ano. Por disputar, estão as etapas da Ericeira e Saquarema. A presente edição da Challenger Series só termina em 2026. Do programa do próximo ano, composto por duas provas, consta a inédita visita aos tubos de Pipeline, no Havai. Yo quer visitar a onda rainha do surf mundial numa ótica de aprendizagem e sem a pressão extra do resultado final.
"Pipeline é uma das minhas ondas favoritas. Quem me conhece, sabe que não tenho medo de me atirar de cabeça para esse tipo de ondas Em Pipe, quero estar mais na experiência de entender como é competir naquela onda. No final do ano vou competir ali para o CT", explicou em conversa com os jornalistas.
O "fogo" da prata e a busca pela "consistência"
A presente temporada tem sido recheada de excelentes performances por parte da surfista de 27 anos. O 'highlight' mais recente foi o vice-título mundial ISA, o segundo da carreira. Desta vez, a medalha de ouro ficou mesmo muito perto. Não conseguiu morder o metal mais precioso, mas a campeã nacional Open em 2019 garante que tal só lhe dá mais força para os desafios futuros, a começar pelo EDP Ericeira Pro.
"Acho que algumas pessoas iriam abaixo. A mim deu-me ainda mais fogo o facto de ter estado tão perto. Até escrevi no meu Instagram que as coisas acontecem por uma razão. A razão que já meti na minha cabeça é que não ganhei em El Salvador para agora ganhar este campeonato na Ericeira. Nunca venci. Há muitos anos que estou atrás daquele primeiro lugar", confidenciou.
Com a garra que lhe é tão característica, a antiga bicampeã europeia da World Surf League (WSL) parte sempre em busca de vencer os campeonatos em que participa. Porém, não é só isso que almeja.
"Estou à procura do primeiro lugar, mas também da consistência. Quero só manter a consistência. Nos últimos anos tenho notado que essa tem sido a parte essencial para a qualificação. Se for preciso fico no segundo lugar em todos os campeonatos e começo a ganhar no CT. Já falei com o meu treinador (ndr: John Tranter) que não estou assim tão desesperada para ganhar", revela.
"O ano passado correu bem, mas acho que a nível mental ainda não estava no patamar que era necessário. Quando cheguei aqui (ndr: Ericeira) já estava a entrar nesse patamar e quando fui para Saquarema acho que fiz o clique. Competi com uma maturidade que nunca tinha experienciado. Trouxe isso para este ano", analisou.
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