Na semana passada, quando começou a 29.ª edição do Sintra Bodyboard Pro Fest, o francês Pierre Louis Costes e o brasileiro Uri Valadão estavam empatados no topo da lista de vencedores da prova portuguesa.
Ambos, contabilizavam o distintivo pecúlio de quatro triunfos.
O brasileiro Valadão, que chegou à Praia Grande na liderança do ranking mundial aos 40 anos, rapidamente ficou sem hipóteses de aumentar o impressionante registo vitorioso. A inesperada derrota de primeira tirou o campeão mundial de 2008 do evento onde já foi muito feliz.
Na ronda 3, a mesma em que caiu aquele que é conhecido como o 'Baiano Voador', PLC iniciou uma história bem diferente. Começou-se a desenhar uma campanha 100% vitoriosa, que só parou no lugar mais alto do pódio.
O gaulês venceu meia dezena de heats para chegar à quinta vitória na Praia Grande - terceira consecutiva - tornando-se no recordista absoluto de sucessos no evento. Uma mão cheia de triunfos! Estes foram conseguidos em 2012, 2015, 2022, 2024 e 2025.
O novo sucesso foi celebrado efusivamente com o filho, que correu para os braços do pai assim que regressou a terra.
O Sintra Pro é um campeonato com um grande significado para o bodyboarder que já se considera português. Reside há muito no nosso país e a sua esposa (Rute Penedo) é portuguesa.
"Para mim vencer em Sintra é como ganhar em casa. O troféu fica em Portugal. É para a França, mas também para Portugal", não escondeu o atleta de 35 anos.
Na hora do desempate com o histórico Uri Valadão, Pierre Louis Costes relembrou o passado, onde parecia uma miragem chegar ao momento que vive atualmente.
"O Sintra Pro foi a primeira etapa do circuito mundial em que competi. Tinha 14 anos. Nas duas edições seguintes, o Uri Valadão venceu consecutivamente. Já tinha dois títulos quando eu nem sequer conseguia passar um heat. Ultrapassar o Uri Valadão é algo que nunca esperei", confidenciou o atleta que derrotou o português Miguel Ferreira na final.
Nome que se confunde com a riquíssima história do Sintra Bodyboard Pro Fest, PLC sabe bem o quanto é difícil bater a concorrência na mais antiga etapa do circuito mundial.
"Este evento, sempre considerei o mais duro do mundo, pois o mar está constantemente a mudar", entende.
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