Até à presente edição do Ballito Pro (contabilizavam-se três presenças), Yolanda Hopkins nunca tinha conseguido passar uma ronda da prova sul-africana, que decorre esta semana nas ondas de Willard Beach e integra o roteiro do competitivo circuito Challenger Series.
Na passada terça-feira, Yo 'matou o borrego' ao avançar para os oitavos-de-final e com direito a vitória na bateria. Esse foi o mote para que este sábado, penúltimo dia do período de espera, Hopkins somasse mais duas vitórias.
Todo um desempenho que coloca a bicampeã europeia da World Surf League nas meias-finais desta que é a segunda etapa do circuito Challenger Series 2025/2026.
Desta forma, a ex-campeã nacional Open já igualou o seu melhor resultado em etapas do segundo circuito mais importante na hierarquia da WSL. No ano passado, a surfista algarvia também foi semifinalista do Saquarema Pro, onde acariciou a inédita qualificação para o CT.
Este sábado, Yolanda Hopkins, de 27 anos, superiorizou-se a duas jovens surfistas. Nos 'oitavos', a competidora lusa impôs-se à havaiana Eweleiula Wong, de 20 anos, com o score combinado de 9,33 pts face aos 8,93 pts registados pela irmã da 'Rainha de Pipeline', Moana Jones Wong,
Para fechar o dia, a surfista que representou Portugal nas Olimpíadas de Tóquio'2020 e Paris'2024 levou a melhor sobre a californiana Talia Swindal, de 19 anos, amealhando 10,47 pts contra 9,17 pts da oponente.
No dia final em Ballito, a colocar na água este domingo, Yolanda será a única surfista portuguesa em ação. Para além da vitória, está também em jogo um wildcard para o J-Bay Open, a etapa sul-africana do CT.
O lugar na final será discutido com outra adversária da nova geração: Laura Raupp, de 19 anos.
A jovem brasileira atingiu pela primeira vez as meias-finais de uma etapa da Challenger Series às custas da portuguesa Francisca Veselko, que assim terminou o Ballito Pro no quinto lugar. Nunca tinha chegado tão longe nesta prova.
No último heat dos 'quartos', Laura impediu uma meia-final 100% lusa ao terminar com a invencibilidade de Kika nos campeonatos da WSL em 2025. Somava três triunfos em outras tantas provas disputadas, entre QS europeu e Challenger Series.
Laura Raupp é uma das surfistas que tem apresentado melhor forma durante o Ballito Pro, mostrando-se muito bem conectada com o mar. Liderou o duelo com a duas vezes campeã nacional Open desde a primeira troca de ondas. Isto num heat em que Kika teve de trocar de prancha já dentro dos derradeiros 10 minutos, depois de danificar o equipamento que estava a utilizar desde o início do embate. Nas contas finais, Raupp anotou 10,06 pts face aos 7,30 pts da antiga campeã mundial Júnior da WSL.
Vencedora da etapa inaugural em Newcastle (Austrália), Francisca Veselko tem agora em risco a liderança do ranking feminino. A surfista de Carcavelos pode ser ultrapassada pela australiana Sally Fitzgibbons. Para isso acontecer, basta que a antiga vice-campeã do mundo derrote a basca Nadia Erostarbe e consequentemente atinga a final do Ballito Pro.
Kika poderá ainda ser igualada na tabela pontual pela compatriota Yolanda Hopkins, caso esta suba ao lugar mais alto do pódio em Willard Beach.
Do penúltimo dia de competição no Ballito Pro, também resultou o fim da participação da campeã nacional Teresa Bonvalot. Nona classificada - igualou o melhor desempenho nesta competição - Bonvalot foi eliminada no equilibrado duelo ibérico dos 'oitavos' com Nadia Erostarbe. Somente 0,17 pts separaram as duas atletas europeias.
Tal como sucedeu no Newcastle Surfest, então no confronto dos 'quartos' com Sally Fitzgibbons, Teresa sai derrotada num heat em que fez a melhor onda (7,00 pts). Até a pontuação dessa onda foi igual à verificada na prova de Merewether Beach.
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