É uma das belas histórias que o Gold Coast Pro, sexta etapa do CT 2025, está a produzir. O protagonista é Morgan Cibilic, de 25 anos.
Quando o evento de Burleigh Heads foi para a água, o surfista australiano nem sequer figurava no quadro de competição. Porém, tudo mudou quando chegou o momento da ronda de repescagem. Houve uma alteração no elenco, situação que não é nada habitual ocorrer em provas de surf.
De forma surpreendente, Morgs figurava entre a dúzia de surfistas que iria estar em ação. O natural de Merewether Beach tinha sido chamado ao serviço pela World Surf League (WSL) para tomar o lugar do compatriota Ryan Callinan, que abandonou abruptamente o evento por ter sido pai pela primeira vez.
Embalado pelo positivo terceiro posto obtido em Bells Beach, aí sim participou desde o início como convidado (venceu os trials), Cibilic entrou a frio na onda em que este ano até já venceu um QS (Gold Coast Open). Contudo, superou desde logo a repescagem, não obstante ter um duro exame em mãos.
Juntamente com o experiente Julian Wilson, ajudou à eliminação do compatriota Jack Robinson, surfista que ainda saboreava a inédita vitória obtida em Bells.
Na ronda 3, nova gracinha diante de outro compatriota. Morgan Cibilic meteu-se nos 'oitavos' ao afastar o também australiano Ethan Ewing, vice-líder do ranking mundial na chegada a Burleigh Heads e que assim obteve o pior resultado do ano.
E como não há duas sem três, Morgan prosseguiu a sua marcha ao eliminar o havaiano Seth Moniz, garantindo lugar entre os oito melhores surfistas da segunda etapa da perna 'aussie'. A exibição foi categórica: 16,93 pts de somatório, englobando uma onda de 9,00 pts.
"Sinto que há alguns anos não surfava desta forma num heat", confidenciou o homem que agora vai medir forças com um dos veteranos do CT, o brasileiro Alejo Muniz.
Para quem já não se lembra bem, Morgan Cibilic é o surfista que espantou o mundo no surf na temporada de 2020/2021, aquela disputada em plena pandemia da Covid-19 e com o grosso das provas na Austrália.
Contexto que o então estreante no CT capitalizou da melhor forma para exprimir todo o seu talento em cima da prancha de surf.
Adquirindo rapidamente o estatuto de nova coqueluche do surf 'aussie' - ávido por sucessos - Morgs venceu o prémio de rookie do ano e foi número 5 do mundo, discutindo o título mundial na finalíssima de Trestles.
No ano seguinte, chegou o cut e o competidor australiano ficou abaixo do corte, despedindo-se da elite mundial, não mais regressando a tempo inteiro.
Na Challenger Series, Morgan Cibilic tem cheirado a requalificação ano após ano. Pelo meio, as incursões no CT têm ocorrido em alguns eventos caseiros, seja como wildcard ou substituto.
Das 17 aparições que já leva em etapas da divisão máxima do surf mundial, 10 aconteceram em águas australianas.
Oportunidades agarradas com unhas e dentes pelo competidor de 25 anos, pois tem deixado indubitavelmente a marca da qualidade do seu surf.
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