Sierra Kerr, de 18 anos, é uma das maiores promessas do surf mundial feminino. São muitos aqueles que auguram um futuro brilhante para a surfista que é filha do antigo top mundial Josh Kerr.
Todavia, os "últimos oito meses" não foram nada fáceis para a prodigiosa australiana. Através de publicação na rede social Instagram, Sierra revelou que sofre da doença de Lyme. Esta trata-se de uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida pela mordedura de carraças. É o mesmo problema de saúde que também afeta os cantores Justin Bieber, Justin Timberlake e Shania Twain.
No longo texto publicado, Kerr explica que só agora tem respostas após um longo período "muito desafiante" ao nível da saúde.
Os primeiros sintomas manifestaram-se após o Mundial Júnior da WSL, realizado nas Filipinas em janeiro último. "Fiquei mesmo doente e tive de ser hospitalizada na Austrália com vários sintomas, entre os quais neurológicos e gastrointestinais, que tornavam difícil andar ou levantar pernas."
"Entre fevereiro e abril, estive fora da água. Não conseguia estar em pé numa prancha de surf. Em maio, comecei lentamente a treinar para surfar novamente", conta a campeã mundial Júnior da WSL em 2023.
Os diagnósticos iniciais apontavam para que Sierra Kerr padecesse de doença pós-viral ou do síndrome de Guillain-Barré. Pelo meio, com a ambição da qualificação para o CT, a teenager 'aussie' deu início à caminhada no circuito Challenger Series, que está a fazer pela primeira vez como efetiva.
Não obstante "continuar extremamente fraca e doente", a ex-campeã mundial ISA Sub-16 só não marcou presença no recente EDP Ericeira Pro. Bastante diminuída fisicamente, Sierra Kerr mostrou toda a sua garra ao conseguir vencer baterias e até alcançar um honroso nono lugar em Ballito.
Porém, depois da participação no US Open, o estado de saúde agravou-se. "O corpo teve novamente um 'apagão' e todos os sintomas voltaram."
Foi então que com o "apoio e recomendações" da Red Bull - é um dos seus principais patrocinadores - Sierra acedeu a outros médicos e foi observada nos Estados Unidos da América. Após vários procedimentos médicos encontrou "finalmente as respostas que fazem sentido". O diagnóstico da doença de Lyme surgiu no início de outubro, revelou.
Estou a trabalhar com especialistas. Em alguns dias, sinto-me praticamente normal, enquanto noutros não. Isso torna tudo confuso e desafiante", não esconde.
Apesar desta oscilação, Sierra Kerr mantém-se ativa. "Estou a trabalhar com especialistas e diariamente fico mais forte. Consigo surfar na maior parte dos dias, jogar golfe e fazer as coisas que amo, com moderação. No meio de tudo isto, completei o ensino secundário e até comecei a aprender a tocar bateria."
A recuperar a forma lentamente, a talentosa surfista já aponta ao futuro. "Estou mais 'ávida' do que nunca e confiante de que em breve voltarei a ser 'eu'. Tenho objetivos para os próximos meses que espero alcançar. Não vou parar de trabalhar até atingi-los. Mais do que nunca, tenho alguns títulos mundiais em mente. Para lá chegar só tenho de ultrapassar alguns obstáculos."
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