Na prova masculina do EDP Ericeira Pro, que começa esta segunda-feira, Frederico Morais é um dos quatro representantes do surf português.
Ainda não é na máxima força que Kikas vai enfrentar as direitas da Praia de Ribeira d'Ilhas, que tão bem assentam ao seu surf.
"Este ano é um bocado sentir e evoluir com a lesão. Ainda não estou a 100%, mas o suficiente para competir e mostrar o meu surf. A seguir ao Brasil (ndr: Challenger de Saquarema) já tenho a cirurgia marcada para tirar os parafusos todos. Aos poucos, chego aos 100%", confidenciou o antigo top mundial durante a conferência de imprensa de apresentação do EDP Ericeira Pro, realizada na última sexta-feira.
Após três etapas, Frederico ocupa apenas o 53.º posto do ranking. O seu melhor resultado foi o 17.º lugar obtido em Ballito. O regresso à elite mundial do surf em 2026 não se avizinha tarefa fácil.
"Se não for este ano é para o ano. De um momento menos bom vem sempre algo muito bom. É continuar acreditar", sublinhou o surfista de 33 anos.
Depois, em conversa com os jornalistas, Morais garantiu que não obstante passar em breve por outra cirurgia, tal não atrapalhará a sua preparação para as duas etapas finais (Newcastle e Pipeline) da Challenger Series. Dois eventos que apenas serão realizados no próximo ano.
"A recuperação é muito mais rápida. Agora o osso só tem de fechar os buracos dos parafusos e depois estou pronto para voltar ao ativo", explicou.
O três vezes campeão nacional Open vê com bons olhos o facto da World Surf League (WSL) ter adicionado mais duas etapas ao calendário deste competitivo circuito de acesso ao CT.
"Acho que é ótimo. Quanto mais etapas tivermos, melhor. Nem que seja para os fãs terem mais conteúdo para ver. Pipeline vai ser uma etapa super interessante de ser ver. Se Deus quiser, teremos boas ondas. Em Newcastle, já sabemos o que esperar", analisou o top 10 mundial em 2021.
A introdução pela primeira vez de tubos, via Pipeline, traz maior variedade aos tipos de ondas do circuito de qualificação para o CT, algo que Frederico Morais também considera correto.
"As ondas que surfamos na Challenger Series não têm nada a ver com aquilo que encontramos no CT. O único senão numa etapa como Pipeline é que o período de espera que temos nos Challenger, cinco ou seis dias, pode ser demasiado curto. Por exemplo, o CT tem uma janela de 10 ou 12 dias e há muitos lay days. É preciso ter essa atenção. Pipe é uma onda incrível quando está bom, mas também é muito complicada quando está mau. Acho que é um bocado um quebra-cabeças, mas lá está: estamos a lidar com o mar. "
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