Esta quarta-feira, um forte sismo de magnitude 8,8 na escala de Richter atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, provocando tsunamis no país, no Japão e a emissão de alertas em muitas nações banhadas pelo Oceano Pacífico.
Segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo de magnitude 8,8 na escala de Richter ocorreu por volta das 00h25 de Lisboa, a 20,7 quilómetros de profundidade, a 126 quilómetros da costa de Petropavlovsk-Kamchatsky, no extremo oriente russo.
Esta magnitude é a mais forte registada em Kamchatka desde 5 de novembro de 1952, quando um terramoto de magnitude 9, ocorrido praticamente no mesmo local, provocou tsunamis devastadores em todo o Pacífico.
O serviço sismológico de Kamchatka alertou que são esperadas réplicas de até 7,5.
Na cidade de Severo-Kourilsk, no norte do arquipélago russo das ilhas Curilas, vários tsunamis inundaram as ruas e parte dos dois mil habitantes foram retirados, de acordo com o Ministério de Situações de Emergência.
No Japão, os funcionários da central nuclear de Fukushima (norte), destruída por um forte terremoto e um tsunami em março de 2011, foram retirados, informou a operadora da infraestrutura.
O alerta nipónico abrange toda a costa norte e leste do arquipélago, até ao sul de Osaka, bem como as pequenas ilhas periféricas. Além disso, nas baías de Tóquio e Osaka, o tsunami poderá atingir um metro de altura.
Já a China emitiu alerta de tsunami para várias zonas da costa. As Filipinas também exortaram os habitantes da costa leste a deslocarem-se para o interior e aconselharam os pescadores que já se encontram no mar a permanecerem em águas profundas.
A mesma mensagem foi transmitida no arquipélago do Havai, nos Estados Unidos da América, ameaçado por ondas de três metros ou mais. "As pessoas não devem, e repito mais uma vez, não devem, como vimos no passado, permanecer perto da costa ou arriscar a vida apenas para ver como é um tsunami", disse o governador do estado, Josh Green.
Também o Peru e o México declararam alerta de tsunami para o litoral, assim como o Equador, que evacuou as praias e os portos do arquipélago de Galápagos.
Tsunamis de um a três metros também são possíveis no Chile, na Costa Rica, na Polinésia Francesa e outros arquipélagos.
Os Estados Unidos da América emitiram uma série de alertas de diferentes níveis ao longo da costa oeste norte-americana, do Alasca até toda a costa da Califórnia.
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