O brasileiro Yago Dora e a havaiana Bettylou Sakura Jonhson venceram, no último sábado, o Trestles Pro, oitava etapa do CT versão 2025 e a primeira após o cut, que reduziu o elenco mundialista.
Curiosamente para ambos, esta foi a primeira vez que triunfaram na prova disputada na famosa onda de performance canadiana e também o segundo sucesso obtido na presente campanha.
Yago, de 29 anos, já tinha saboreado a vitória no MEO Rip Curl Pro Portugal, enquanto Bettylou, de apenas 20 anos, subiu ao lugar mais alto do pódio na Gold Coast (Austrália).
Único surfista brasileiro que chegou aos quartos-de-final, Dora deu início à empreitada ao superiorizar-se ao australiano Ethan Ewing no último suspiro. Foi o embalo para o que se seguiu, no qual desatou a disparar notas de excelência no parque de diversões de Trestles.
Menos dramática, mas também de reviravolta foi a vitória sobre o local Griffin Colapinto, num desfecho que deixou desiludidos os fãs que deslocaram-se à praia que entre 2021 e 2024 coroou os campeões mundiais de surf.
Sempre fazendo uso do seu letal jogo aéreo, o filho de Leandro Dora proclamou-se campeão do Trestles Pro após bater o nipónico Kanoa Igarashi numa final de altíssimo nível. O novo número 2 do ranking mundial somou uns robustos 17,90 pts em 20 possíveis perante os 16,07 pts do adversário. De fora da contagem, ficaram ondas de 8,00 e 8,27 pts, o que demonstra bem o calibre da performance de Yago.
Sem vencer no CT desde 2019, esta foi a segunda final perdida por Igarashi na presente época, uma vez que também foi vice-campeão do Rip Curl Pro Bells Beach.
"É incrível. Esperei muito para ter a oportunidade de surfar neste evento. Vencer na minha estreia é incrível", confidenciou o surfista sul-americano.
Entre as senhoras, Bettylou Sakura Jonhson foi a mais forte na final diante da australiana Molly Picklum. A surfista do North Shore anotou uns expressivos 17,00 pts mediante os 14,23 pts de 'Pickles'.
Neste dia das finais em Trestles, à semelhança do que sucedeu com Yago Dora, Bettylou esteve imaculada ao suportar as suas exibições com várias notas na casa da excelência.
A competidora havaiana foi implacável para o surf norte-americano ao derrotar a campeã olímpica Caroline Marks e a wildcard Sawyer Lindblad nos quartos e meias-finais, respetivamente.
"Honestamente, o segredo é permanecer contente e estar rodeado por quem amamos", afirmou Bettylou.
Não venceu, mas palavra para Molly Picklum. Para chegar à final do Trestles, a surfista australiana teve de fazer o que nunca tinha feito: derrotar a campeã mundial Caitlin Simmers em fase 'woman-on-woman' de uma etapa do CT. A proeza aconteceu nas meias-finais, colocando um ponto final em meia dúzia de derrotas consecutivas.
Para trás, já tinha ficado outra californiana: a experiente Lakey Peterson. Tal como sucedeu com Kanoa Igarashi, Molly perdeu a segunda final na presente época.
A nível dos rankings mundiais, o sul-africano Jordy Smith e a havaiana Gabriela Bryan continuam de amarelo. O Brasil é a próxima paragem da elite mundial do surf, com a visita ao famoso 'Maracanã do Surf, na Praia de Itaúna (Saquarema). O Rio Pro disputa-se de 21 a 29 de junho.
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